Talvez o erro esteja em mim.




Não é de hoje que lidar com as outras pessoas é complicado. Parece que quanto mais você cresce, mais difícil se torna manter as amizades. Na maioria das vezes as pessoas erram, e costumam nos decepcionar.  Mas os erros não vêm só de fora. Se sentir magoado e chateado com os outros é bem comum, mas sentir-se chateado e magoado consigo mesmo não é comum a todos os seres humanos.
 Se sentir culpado por ferir alguém ao invés de jogar a culpa no próximo é um sentimento nobre, mas também um fardo doloroso. Às vezes a vontade é de não sentir, não sofrer, não arder no remorso e no desejo de voltar atrás.
 E poucas são as vezes em que conseguimos realmente voltar atrás. As coisas não se tornam iguais, as palavras não são mais tão espontâneas e os sorrisos são mais escassos. Talvez apenas por um tempo, talvez permanentemente.
 Enfim, fitando as lembranças, e as dificuldades que esse sentimento traz, você acaba percebendo que é graças a esse sentimento que você impede as pessoas mais importantes da sua vida de se afastarem de vez.
É um fardo, mas também um presente. Cair em si, e sentir dentro de si mesmo o desejo enorme de voltar atrás, de pedir perdão, de dar valor ao que se tem. É ter em suas mãos a consciência e a escolha de tirar seu eu do foco e pensar nos sentimentos do outro. É lembrar que você não é o único ferido na história.
Lembrar que todo mundo erra, inclusive você.

O amigo ama em todo o tempo, E para a angústia nasce o irmão. Pv. 17:17

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